Assim como a casa tem seus cômodos, a cidade tem suas ruas, prédios e praças. O mobiliário urbano transforma os vazios da cidade em locais de permanência, pontos de observaçãoo,
lugares de encontro onde o coletivo é mais importante que a propriedade.

A Casa Cor é uma importante exposição de arquitetura de interiores. Em sua edição de 1996, aconteceu em um casarão histórico construído em 1910, na tradicional Av. Assis Chateaubriand, em Belo Horizonte.

O projeto proposto pelos organizadores o Jardim de 2010, A proposta foi transformar a área do largo passeio em frente ao casarão em uma praça que sinalizasse a entrada e fosse um local de encontro dos visitantes do evento e transeuntes em geral.

O espaço era composto por três bancos dispostos diagonalmente. Os bancos foram executados em perfis de aço com assentos em granito e receberam cobertura arqueada em policarbonato leitoso, iluminada superiormente por luzes coloridas seguindo a evoluçõ cromática do arco-íris. À noite, criavam um especial efeito, a Rua Cor.

O piso de todo o espaço era em seixos rolados brancos, Uma sequência de pacas triangulares pré-moldadas em concreto, com aplicações de cerâmicas de Luciana Radichi, definiam o caminho até a entrada da mostra e a frondosa paineira já existente no local, única e soberana presença vegetal neste jardim.

A relação 1910/2010 coloca questões: Como conservar e gerarespaços públicos? É possível o surgimento destes novos personagens nos vazios urbanos? A memória da cidade está aberta a seu futuro?