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PARISk

Uma breve estadia na cidade francesa leva o caminhante e fotografo a visitar alguns de seus principais marcos não deixando de lado suas reflexões pessoais que constroem relações entre estes símbolos e seu olhar estrangeiro que percorre o espaço urbano captando quase que secretamente, em descobertas e riscos, imagens e sons cotidianos combinados na intenção de construir a memória de um andarilho (des)atento.

João Diniz: direction, photography, sound, edition, production

non-incidental arts and spaces by: Thomas Hirschhorn,
Leonardo da Vinci, I. M. Pei, Alexandros de Antioquia
Andy Warhol, Renzo Piano + Richard Rogers, Gustave Eiffel

29 min. / 2016 / Brasil

Sobre o filme escreveu o diretor Fábio Carvalho:

UM FILME PRA SER VISTO E OUVIDO
por Fábio Carvalho

Quando o filme nasce livre, ou seja da necessidade do autor em fazê-lo, a oportunidade de o observarmos como um organismo vivo aumenta. Essa situação vivencial permite que os limites das pré concepções sejam suspensos e outros canais de percepções se abram.

O trans arquiteto João Diniz filmou uma Paris noturna e mesmo de dia com brilhos como purpurina, ali a cidade luz se apresenta através da lente que enquadra às vezes com o rigor da arquitetura, em outras com o acaso do fotojornalismo.

A montagem ainda interrompe uma certa fluência, com quadros fixos onde o ser humano, em sua maioria, está no centro do campo da visão, instigando provocações ao olhar. Como um beijo.

Voyeur de seu próprio olhar, João filma sua visão com delicadeza e distanciamento. Cadeados se juntam a velas, o carrossel com mamães solitárias e suas crias, o menininho ensinando o senhor a utilizar a câmera, imagens mudas que se entrelaçam como uma bricòláge. A algaravia de sons e vozes libera ainda mais de imposições associativas esse experimento que termina deixando um gosto de quero mais.

Enfim um audiovisual.

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