O edifício TMJ encontra-se numa esquina do bairro Serra, ao pé da Serra do Curral. É uma área em transformação, onde os novos edifícios, na maioria das vezes, aparecem apenas como mercadoria, sem agregar valores à paisagem ou ao convívio entre seus moradores.

A estratégia de projeto foi, numa postura critica aos modelos comuns, romper o maciço tradicional dos edifícios exixtentes, abrindo-o em dois blocos que são conectados através das faixas horizontais continuas do peitoril da varanda e da sala de estar.

Esta ruptura do volume é reforçada pelo contraste do seu revestimento em cerâmica amarela e granito vermelhocapao bonito. Estes materiais sugerem um paralelo entre o crescer racional da cidade e o desenvolver orgânico das montanhas e do horizonte.

O pilotis de acesso em dupla altura libera grande parte do lote e funciona como espaço de festas e de convívio. Este local é um ponto de convergência dos moradores, valorizado pelo painel artístico de Jayme Reis. Sua dinâmica funcional é reforçada pelas triangulações estruturais, que melhoram as áreas de manobra da garagem no subsolo e geram economia na execução das fundações ao diminuir os pontos de apoio do edifício.

Em cada um dos sete pavimentos tipo está um apartamento de quatro dormitórios, resolvido de forma a valorizar as orientações e as visadas. O terraço/cobertura ligado ao utimo andar é um mirante de onde se vê distante.

O topo do edifício, arremate da composição, foi resolvido com linhas diagonais nas empenas do terraço e na torre de circulação vertical, propondo uma identidade própria na definição do novo horizonte construído.

O edifício TMJ esta localizado no encontro das ruas Joanésia e Oriente, uma cidade de Minas e uma região misteriosa do planeta, um curioso encontro em mais uma das esquinas de Belo Horizonte, algumas ricas em histórias.