Renova SP
CONCURSO PÚBLICO NACIONAL “RENOVA SP” – PROPOSTAS DE REQUALIFICAÇÃO URBANA E HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL PARA A URBANIZAÇÃO DE ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
AGINDO NO BAIRRO DOS MENINOS (Meninos 1)
Para melhorar de forma irreversível uma área urbana habitada são fundamentais a vontade política e a existencia e disponibilização dos recursos necessários, mas acima de tudo, e especialmente, um projeto que possa ser assumido e amado pelos moradores da área.
No Bairro Meninos 1 o projeto de renovação urbana proposto, é caracterizado por:
a) O verde contínuo ou o Parque Fluvial que resolve o tratamento de áreas de risco, soluciona o saneamento local e recupera para todos os cidadãos o espaço livre e de lazer, com conseqüente melhoria social e ambiental.
b) Um elevado número de de substituições de moradias, mesmo além das propostas SEHAB, com uma melhoria significativa na qualidade funcional e formal dos edifícios, implicando na melhoria do ambiente construído e contribuindo significativamente para reciclagem o do patrimônio urbano local.
A opção por uma total e emblemática renovação do Jardim Celeste é a chave para entender o alcance social e econômico da proposta. A criação de um centro de atração de atividades, suficientemente povoado, e em uma localização conveniente, potencializa o território urbano circundante, e aumenta o valor dos patrimonios privados fazendo que os investimentos públicos voltem a gerar retornos economicos derivados desta melhoria social.
As arquiteturas propostas são humanizantes, e deverão interagir com as pessoas que participarão dos processos específicos de projeto e da vida evolutiva destes espaços.
As ordenanações propostas abandonam as grandes infra-estruturas para garantir que não serão mais produzidos ali espaços urbanos residuais, habitat natural da marginalidade e da delinqüência. Assim, todo o espaço público é aproximador, inclusivo, controlado, cívico e estará a serviço desta população local e será usado e controlado por ela.
Estas ordenações e arquiteturas devem conduzir a um bairro melhor, mais seguro social e fisicamente, onde ainda viva parte da população das (ex)favelas, agora reintegradas em uma sociedade, que apesar de complexa e urbana estará mais mais organizada e terá uma melhor qualidade de vida.
AÇÕES:
1- Favela Sitio dos Pais
Remodelação total da favela. Incorporação da área livre na implantação de novos espaços verdes.
2- Favela Jardim Celeste
Remodelação tortal da favela. Atuação emblemática para implantação dos novos assentamentos e zonas de serviços. Criação de um polo local de atração urbana.
3- Jardim Celeste
Completar a estrutura viária formando um anel de circulação e criação de novas conexões viárias com a malha urbana existente.
4- Favela Vila Cristina
Remodelação total da favela e incorporação da área livre na implantação de novos espaços verdes. Nova transparencia urbana conectando as malhas urbanas adjacentes. Criação e requalificação dos serviços locais de apoio.
5- Loteamento Celeste
Ações de regularização da malha urbana existente.
6- Articulação urbana
Ação estratégica sobre os espaços livres visando e articulando uma nova vitalidade social.
7- Favela Liviero
Remodelação total ou parcial (80%) da favela. Nova implantação de assentamentos e dotação de serviços de apoio. Incorporação da área livre no parque linear que articula o novo eixo de espaços de laser em torno do canal.
8- Favela Sao Pedro
Remodelação total ou parcial (80%) da favela. Nova implantação de assentamentos e dotação de serviços de apoio. Incorporação da área livre no parque linear que articula o novo eixo de espaços de laser em torno do canal.
9- Empreendimento Buriti Itapira-Funaps
Remodelação de 40% do assentamento, reurbanização e remodelação das habitações remanescentes, provendo novas fachadas voltadas ao canal nos novos setores de implantação, incorporação da área livre no parque linear
10- Parque fluvial
Recuperação do espaço fluvial em torno do canal de articulador de novos espaços livres, criação de equipamentos e serviços que atuam como eixo de relação urbana entre os novos assentamentos e a trama urbana consolidada.
11- Parque Fluvial – Seção 1: Vila Cristina
Ação de urbanização fluvial e eliminação de áreas de risco: construção de taludes estáveis e vegatados nas áreas inclinadas ao longo do leito. Criação de vegetação e paisagismo ciliar.
12- Parque Fluvial – Seção 2: Liviero – São Pedro
Ação de urbanização fluvial e eliminação de áreas de risco: em seção dupla de acordo com a corrente das águas. Estabilização de taludes protegidos com muros de contenção em calhas em zonas instaveis. Construção de taludes em áreas de substituição de edificações. Criação de vegetação ciliar.
13- Parque Fluvial – Seção 3: espaços construídos sem posibilidade de recuperação de espaço fluvial
Serviços de proteção através de muros de contenção. Canalização pluvial e chave anti retorno. Coletor de recolhida de águas fecais. Preenchimento do fundo do canal com material filtrante.
14- Actuação geral de eliminação de riscos e de saneamento
Atuações sobre a urbanização dos espaços incrementando a permeabilidades através de valas de infiltração ou depósitos de retenção de águas pluviais, com o objetivo de aumentar o tempo de incorporação das águas pluviais pelas redes existentes, e consequente diminuição de correntes instantâneas a estas redes.
A participação neste concurso foi desenvolvida por equipes multidisciplinares sediadas em Barcelona, Espanha, e Belo Horizonte, Brasil, composta pelos escritórios:
Pere Serra Arquitectura SLP:
Pere Serra de Castellarnau, arquitecto
Enric Martinez Vallmitjana, arquitecto
Victor Fraga Cano, arquitecto
Juliana Freitas Spadano, arquitecta
Eduard Martinez Martinez, estudiante arquitectura
Gallego Arquitectes SLP:
Moises Gallego Olmos, arquitecto
Alex Gallego Urbano, arquitecto
Sergi Garcia Fernandez
João Diniz Arquitetura Ltda:
João Diniz, arquiteto coordenador, José Luis Baccarini e Pedro Guadalupe, arquitetos colaboradores.
EGI, Enginyeria i Gestió d’Infraestructures SLP
Josep Pinós Alsedà, ingeniero CCiP
Carles Noguera Gros, ingeniero CCiP
Asesorias externas:
Carles Blasco Bayot, gestor urbanístico
Salvador Matas Dalmases, arquitecto