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Centro Administrativo

EQUIPE JOÃO DINIZ ARQUITETURA LTDA:
Arquiteto coordenador: João Antônio Vale Diniz
Arquiteto Colaborador: José Luiz Baccarini Neto
Estagiários de arquitetura: Clara Fonte Boa, Igor Hermont, Carolina Coutinho
Consultoria Sustentabilidade: Cristiane Lacerda, eng. (Ecoconstruct)
Consultoria Energia: Denio Cassini, eng.
Consultoria Estruturas Concreto: Márcio Gonçalves. eng.
Consultoria Estruturas Metálica: Paulo Mendes, eng.

MEMORIAL DESCRITIVO

URBANISMO PAISAGIMO aspectos principais

O EIXO URBANO EXTENDIDO
o edifício do novo Centro Administrativo da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte aparece como marco simbólico e contemporâneo de referência do início do século XXI na cidade reforçando a geometria do traçado original de Aarão Reis para Belo Horizonte em sua linha dominante que é o eixo norte-sul da Av. Afonso Pena.

A PRAÇA RIO BRANCO INTEGRADA
ao conjunto construído através de passarela de pedestres em nível ao Centro Administrativo, rodoviária e Bairro da Lagoinha. Sob esta passarela passarão os fluxos de transporte coletivo e linhas BRT que cruzam desde a av. Paraná até a av. Santos Dumont.

A NOVA ESPLANADA e LARGO DA LAGOINHA
resgata a ligação histórica do centro com o bairro e cria amplo espaço público ou plataforma/boulevard destinado a aglomerações populares, feiras, shows, festas e eventos. Esta esplanada é composta por dois boulevards, o leste e oeste, que leval ao Largo que está no nível da Praça do Peixe.

A INTEGRAÇÃO DA PRAÇA DO PEIXE
a plataforma/boulevard se expande por cima da av. do Contorno até a Praça do Peixe no Bairro da Lagoinha onde chega nivelada com esta praça expandindo o espaço público que aparece como uma 'topografia construída ou ´Colina´' que cria novas possibilidades de apropriação do espaço, e cobre parte baixa do viaduto existente.

A PRAÇA DO METRÔ
o acesso a partir da Praça Rio Branco ao Centro Administartivo,passa pela ampla área de acesso coberta, onde está, em nivel inferior e integrda pelo vazio central, a estação do Metrô criando amplo teto urbano de conexão e ponto de integração intermodal de transporte publico.

O EDIFICIO DO RISP
a área deste edifício tombado, antiga sede da Secretaria de Agricultura, fica como reserva técnica, conforme sugerido no edital, para futuras demandas que surjam a partir da implantação do Centro Administrativo.

A REQUALIFICAÇÃO PAISAGISTICA
o projeto preserva a maioria da vegetação existente e incrementa as áreas verdes em todos os seus setores, bem como cria amplos espaços públicos abertos e livres para a prática da cidadania.

ARQUITETURA aspectos principais

O GRANDE HALL E FOYER CENTRAL
junto à Praça do Metrô está o Grande Hall que é o espaço de acesso ao Centro Administrativo que leva através de escadas rolantes, elevadores e cilindro ascendente ao grande foyer central do 1o andar que é a área de controle e distribuição do Centro Administrativo. Este espaço em pé direito triplo integra as Áreas Especiais do programa de necessidades (auditórios, reuniões, exposição, consultórios, biblioteca...) funcionando como um centro de convenções integrado.

UMA UNIDADE MODULAR
o volume do edifício se fragmenta em setores funcionais compostos por duas lâminas lineares paralelas de 15,00 x 100,00 m com átrio central que surge em módulos de três andares, que correspondem às estruturas treliçadas, gerando permeabilidade visual e visadas através das praças aéreas e vegetadas, entremeando, em cada um destes conjuntos de três andares, os pavimentos de transição (4o, 8o, 12o, 24oe 28o) com apropriações variadas destinadas a escritórios e/ou praças aéreas. Os demais pavimentos são destinados a escritórios.

ESCALONAMENTO PANORÂMICO E PRAÇAS AÉREAS
os espaços de trabalho têm acesso facilitado às praças/terraços distribuídas ao longo do edifício e que promovem fruição, vistas amplas e descompressão nos momentos de trabalho. No oitavo andar está a maior destas praças tomando a altura de 4 andares. Os andares 24o, 28o e 32o apresentam terraços panorâmicos voltados ao sul com vistas à toda avenida Afonso Pena e à Serra do Curral.

MOBILIDADE
nos quatro pontos de apoio do edifício estão as torres de circulação vertical com as escadas de incêndio e elevadores de frenagem regenerativa destinados aos funcionários, público específico e serviços de carga (16 + 8 nas escadas de incêndio). Os elevadores para o público em geral (8 elevadores) são panorâmicos e estão junto ao átrio central com as respectivas áreas de recepção nos andares. Os acessos desde a Praça do Metrô/Grande Hall ao Foyer Central do 1o andar e aos auditórios no 2o andar, são feitos pelos elevadores das duas torres oeste e pelo conjunto de 6 escadas rolantes e cilindro ascendente com diâmetro de 4,00metros. Elevadores exclusivos do Prefeito e sua equipe imediata estão localizados na torre nordeste.

SISTEMA CONSTRUTIVO E MATERIAIS aspectos principais

UM CONJUNTO DE OITO MÓDULOS FUNCIONAIS DUPLOS
de três andares geram os espaços de trabalho, estes módulos são separados em altura pelos pavimentos intermediários que são convenientemente extraídos em locais específicos da composição a fim de gerar as praças aéreas e os terraços panorâmicos do topo que são locais de fruição e de entrada de luz e ar no átrio central.

QUATRO APOIOS PARA ANDARES TRELIÇADOS
são a síntese do sistema estrutural onde as torres de circulação vertical, num misto construtivo de estrutura metálica e de concreto, com auxilio de um par interno de pilares para cada uma dessas torres, apoiam as fachadas treliçadas lateralmente. Nos extremos e centro desta treliça aparecem tirantes que ajudam a apoiar as lajes dos três andares de cada modulo funcional

FECHAMENTOS ADEQUADOS
os vidros também trazem a vantagem da industrialização, da obra modulada, montada e sem desperdícios. Neste momento acompanhando a vanguarda tecnológica da indústria o projeto especifica vidros com eficiência energética que podem bloquear até 70% da entrada do calor, sem retirar dos ocupantes do empreendimento o bem estar pelo acesso às vistas e a iluminação natural.

SUSTENTABILIDADE E CONFORTO AMBIENTAL

PARTIDO ARQUITETÔNICO E ORIENTAÇÃO SOLAR
as duas lâminas de ocupação funcional de 15,00 x 100,00m estão lançadas no eixo leste-oeste situação ideal para promover boa iluminação direta e baixo aquecimento do edifício. A parte interna destas lâminas estão voltadas para o átrio central. A elevação norte, leste e oeste estãoprotegidas por brise-soleils formados por placas fotovoltaicas.

BIOCLIMATISMO
é um conceito presente no projeto em vários aspectos como: na utilização de brise-soleils em placas fotovoltaicas que ao mesmo tempo sombreiam os espaços internos e geram energia, no uso de vidros que bloqueiam até 70% da incidência de calor na edificação, nas aberturas para a ventilação por meio de um átrio interno, na gestão eficiente das águas das chuvas e águas cinzas para o reuso, no paisagismo sustentável, nas lâmpadas eficientes, na coleta seletiva de resíduos e ainda na utilização de 32 elevadores com a tecnologia de frenagem regenerativa, que geram energia no seu funcionamento e são 50% mais eficientes energeticamente.

ÁTRIO CENTRAL
é o grande espaço interno de iluminação, ventilação natural e convergência visual, para onde se voltam as áreas de trabalho e terraços dos andares. No dinâmico contexto urbano onde se localiza o edifício, este átrio promove a existência de fachadas voltadas ao espaço interno mais silencioso e com iluminação filtrada. As correntes ascendentes de ar natural alimentadas pelas aberturas existentes nas praças aéreas trabalharão de forma integrada com os sistemas mecânicos de ar condicionado promovendo ventilação passiva e induzida.

FLEXIBLIDADE
as lâminas funcionais de trabalho têm espaços totalmente liberados de pilares e contam com áreas de apoio junto às torres de circulação vertical com sanitários, copa, cômodos técnicos e amplas áreas para shafts que recebem e distribuem horizontal e verticalmente as instalações diversas ao longo do edifício. Os andares têm altura de 5,0m de piso a piso para que se possa inserir com liberdade os melhores e mais econômicos sistemas construtivos: as lajes em concreto alveolar, as instalações de teto de ar condicionado e outras e os pisos elevados por onde cruzarão os shafts horizontais.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
os espaços são bem iluminados e ventilados naturalmente através das lâminas de 15,00m promovendo economias de consumo; as fachadas norte, leste e oeste do edifício são sombreadas com brise-soleils de placas fotovoltaicas perfazendo área de 12000m2 o que configura uma usina de até 2,0 MWp (mega watt pico) o que gera até 35% da energia consumida no edifício. As subestações elétricas estão distribuídas a cada 3 andares do edifício minimizando perdas de transmissão.

ELEVADORES INTELIGENTES
dotados do sistema de frenagem regenerativa - ReGen, do sistema Compass de antecipação de destino, onde o elevador que estiver mais próximo atende à solicitação do usuário. Tecnologias que contribuem à eficiência energética dos equipamentos.

ACESSIBILIDADE UNIVERSAL
as determinações da NB 9050 são atendidas em todo o edifício e nos espaços públicos circundantes. Cada andar tem junto às torres de circulação vertical conjuntos de sanitários que contam com boxes acessíveis.

REAPROVEITAMENTO DAS AGUAS
estão previstos sistemas para a captação das águas de chuva, com área de 25,0 x 8,0 m, composta por 4 filtros modelo VF-6 para 1.500 m² cada, 10 caixas de 25.000 litros cada em fibra de vidro, com sistema de recalque e demais equipamentos. E ainda um sistema para a coleta e o tratamento das águas cinzas, com área de 12,0 x 12,0 m, duas ETAC 3.000, 3 tanques de equalização de 25.000 litros cada, 1 tanque de contato de 25.000 litros, filtros de areia, 2 tanques de água de reúso de 25.000 litros cada, sistema de recalque. Serão produzidos 80.000 litros de água de reúso e captados 5.965 m³ de água de chuva por ano.

CUIDADO COM OS RESÍDUOS
em todos os andares estão previstas áreas para a inserção de recipientes para a segregação na geração dos resíduos recicláveis. No subsolo está prevista área para o armazenamento da coleta semanal com a locação ainda de uma prensa a fim de otimizar o espaço e aumentar a capacidade de coleta, armazenamento e geração de valor.

ESPAÇOS DE FRUIÇÃO E VEGETAÇÃO
aparecem ao longo do edifício através das praças aéreas e dos terraços panorâmicos no topo cobertos no meio do edifício. A presença da vegetação promove o bem estar visual e acústico ajudando também na melhora da qualidade do ar. A fim de atender aos requisitos da sustentabilidade serão selecionadas para o paisagismo apenas espécies locais ou adaptadas ao clima local de forma a mitigar a demanda de irrigação e os gastos com a manutenção.

TECNOLOGIAS LOCAIS
o sistema construtivo metálico será adotado no sentido de, através tecnologia mineira, promover o bom senso no uso de recursos públicos mitigando desperdícios de produção por meio de uma obra industrializada.O que irá conferir velocidade e assertividadeà obra a fim de que se possa atender as demandas da sociedade com serviços administrativos de qualidade em ambiente propício à criatividade e à saúde dos ocupantes. E principalmente irá demonstrar responsabilidade com os recursos públicos e um exemplo a ser seguido pela comunidade e pelos empreendedores.

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