ROYAL SAVASSI HOTEL
O lote no centro da quadra, numa movimentada rua, voltado para o sol poente sugeriu que o edifício se fechasse para este quadrante apresentando-se como duas lâminas cegas separadas por rasgo que ilumina a área comum dos pavimentos. As aberturas se dão lateralmente gerando o pano contínuo e ritmado das janelas quadradas dos apartamentos.
A relação do edifício com as suas diferentes alturas, faz com que apresente distintas soluções em sua elevação num jogo de composição progressiva que parte do nível da terra até alcançar o céu propondo sua identidade no skyline urbano.
O acesso desde a rua se dá através de amplo e convidativo hall, com tripla altura, que funciona como uma extensão protegida e climatizada do espaço da rua. Neste espaço tem-se o impacto de uma calorosa acolhida através do revestimento de suas paredes em madeira e detalhes estudados que conjugam metais, vidros e iluminação. A escada, que leva ao mezanino onde estão o restaurante e áreas de convenções, tem um importante papel na composição deste vazio interno conectando verticalmente os ambientes.
A configuração do lote proporcionou a localização de área de lazer ajardinada na parte posterior do segundo piso com piscina semi-olímpica, área de vestiários ginástica, sauna e bar, alem de terraços privativos para os apartamentos. Os demais andares apresentam sete unidades de hospedagem cada com exceção do último com quatro ligadas a terraços privativos. As garagens estão no subsolo e em parte do térreo.
Neste projeto foram estudados e propostos diversos ítens que compõem e equipam um hotel. Além do detalhamento e especificação de todos os interiores foram desenhadas diversas peças de mobiliário, sugeridas obras de arte e até uniforme dos funcionários, numa comunhão e unidade entre a imagem urbana do edifício e a arquitetura de interiores, os ambientes públicos e os íntimos, entre a dinâmica das viagens e o conforto do recolhimento.