Ao pé da Serra do Curral, na região dos bairros Mangabeiras, Comiteco e Serra, a trama urbana revela um desenho irregular, acompanhado a topografia acidentada e de crescente densidade. À medida que a área se valoriza, os edifícios residenciaispassam a conviver com as casas construídas num primeiro momento de ocupação, numa área onde restam poucos lotes vagos.
O residencial Firenze se localiza num terreno difícil, remanescente deste confusa ocupação. Um leque em ângulo de 60 graus, com 40m de frentee 15m de desnível longitudinal, numa rua curva em declive, local que desencorajava construtores anteriores.

O edifício é lançado de forma a acompanhar a forma arqueada da rua. Seus TRÊS grandes maciços cegos e verticais são conectados na parte superior, conformando um grande pórtico que aparece como elemento mais silencioso na ocupação caótica da rua.

Estes maciços são entremeados por elementos de concreto aparente pré-moldado, em toda a altura do prédio, protegendo as varandas e salas de estar da insolação norte e conferindo unidade à composição volumétrica. A esta extensa face urbana do edifício se ligam dois blocos distintos, liberando um vazio de iluminação e ventilação central na parte posterior.

O programa é composto pó portaria, garagem e pilotis, que aparece como praça interna do prédio, integrando a área externa com piscina ao salão de convívio, somam-se a estes níveis cinco pavimentos tipo, com dois apartamentos de três dormitórios com 111m2 cada, e cobertura ligada ao ultimo andar, num total de nove pavimentos.

O residencial Firenze, ao afirmar sia presença, propõe que os edifícios residenciais mostrem uma imagem individualizada em meio à confusão imobiliária da área. Como um pessoa, um prédio tem personalidade que o faz único ou o dispersa na dinâmica da vida urbana.