POLYVERT sistema
A idéia deste sistema é a criação de espaços para habitações sociais de caráter evolutivo que poderiam partir de um modulo inicial mínimo e crescer a medida da necessidade. Este módulo inicial parte da possibilidade econômica de cada morador. O desenvolvimento vertical pode adotar número variado de pavimentos, e desenvolvimento horizontal também variável.
A proposta parte de uma estrutura metálica (ou em concreto) com modulação horizontal e vertical de 3,00 metros com torres de circulação vertical com escada (fig.2), elevador (acima de 4 andares) e caixas d’água superior. Os núcleos hidráulicos que contêm os banheiros e cozinha (azuis) estão alinhados verticalmente e em torno deles nascem os espaços coletivos (rosa) e íntimos (verde) da moradia.
Esta composição de necessidades de cada morador poderá gerar um volume construído intercalado de cheios e vazios que são as áreas de estoques para que as habitações cresçam no futuro (figs.3 a 5), até então podem ser usadas, aquelas que tiverem seu piso já definido, como terraços verdes, varandas e áreas públicas ou de serviços.
O edifício deverá conter ainda em local de fácil acesso coletivo áreas de lavanderia comunitária, creche, salas de reuniões e estudos.
JARDIM CELESTE: SIMULAÇÃO RENOVA SP
Este sistema foi testado na proposta de requalificação da área conhecida como Jardim Celeste, na periferia de São Paulo, e que fazia parte do Concurso RenovaSP 2011, que propunha a intervenção sobre áreas de risco social da cidade (figs.6 a 11).
A proposta apresentada considera o conjunto já existente onde estão quadra esportiva, igreja e demais equipamentos de uso comunitário que passa a ter um papel centralizador na área. O conjunto construído contem dois setores de apoio e serviços, executados no mesmo sistema construtivo, um junto aos 3 edifícios, definindo uma praça de acesso e outra junto ao centro comunitário existente.
A intervenção na área a ser construída considera a remoção da favela existente no local e a relocação dos moradores em 3 edifícios escalonados com altura máxima de 15 pavimentos. a opção pela verticalidade neste caso se deve à possibilidade de liberação de espaços públicos ao nível do solo que se integram ao centro comunitário já existente, e à já existência de edifícios residenciais altos na área.
Os blocos são implantados com as maiores elevações voltadas ao norte e sul buscando menor aquecimento dos edifícios através da insolação.