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E. Q. INDUSTRIA

FÁBRICA ELIANA QUEIROZ

A partir dos anos 80, surgiram em Belo Horizonte empresas comprometidas com o design da roupa, sua produção e venda, formando um pólo de moda na cidade. Estas atividades demandam novos espaços. Nas lojas e showrooms, as coleções são lançadas e celebram a busca de uma identidade empresarial e pessoal.



Mas é nos locais de produção que os estilistas e costureiros passam grande parte do seu tempo. Estes espaços devem promover o conforto e criar o ambiente adequado à concepção do produto, como convém a todos os lugares de trabalho.



Na fábrica Eliana Queiroz, localizada numa praça no bairro Parque Copacabana, região da Pampulha, propõe-se a valorização dos espaços necessários à criação e produção do vestuário.



O edifício se articula com a praça circular existente através da parede arqueada, que se refere ao centro do círculo e à capelinha ali construída. Esta linha curva, por sua vez, se liga à modulação da estrutura em concreto pré-moldado através do jardim interno, gerando côncavos e convexos. Este vazio pode ser considerado a alma do edifício.



A fábrica se divide em dois níveis funcionais com acessos diferenciados, aproveitando o declive do terreno. No nível superior, com entrada pela praça, estão as atividades administrativas, de criação e venda, com circulação em torno do jardim e agradável ambientação interna reforçada pelos móveis e objetos. O nível inferior, com acesso pela avenida Universo, é composto de garagem, vestiários, refeitório, produção, estocagem e expedição. Aí aparecem espaços para as máquinas e mesas de corte, com pés-direitos altos e ventilação e iluminação zenitais, que cortam o prédio transversalmente.



A fábrica se opõe à temporalidade das estações e tendências. Sugere que nem tudo na moda é passageiro e que esta atividade relacionada ao consumo e à sedução das imagens integra nossa cultura contemporânea.

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